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sábado, 11 de janeiro de 2014

Sobre o Metal e o Suicídio da Cena



Saudações!

Pretendo expor aqui, com esse texto, a minha opinião sobre o radicalismo de certos grupos que se acham os “detentores da verdade”, e que ultimamente estão causando estragos na cena. Não estou querendo dizer que não deva existir radicalismo, deve existir sim! Porém, não esse radicalismo ignorante e infundado que vejo por aí senso praticado por muitos que acham está defendendo o Metal.

Já vi muito headbanger “considerado” julgar a primeira vista outro guerreiro de poser por este ter pouco tempo de Metal e/ou não conhecer tanta banda assim. Já vi também muito banger criticando outro por gostar de ouvir além do Metal, outro estilo musical. São inúmeras as bobagens desse tal “radicalismo” que chega até ser infantil.
Tudo isso acaba fazendo com que os guerreiros se auto-doutrinem, dizendo para si “eu não posso fazer isso”, e “eu não posso fazer aquilo”, e aí está o perigo.
Como todo mundo sabe o Metal tem suas raízes no Rock, que sempre foi contestador e defensor da rebeldia e do direito a liberdade, daí todo o nosso repúdio ao cristianismo, religião que há tempos vem destruindo culturas e aprisionando pessoas em todo o mundo, através da introdução desse sentimento de “eu não posso” no homem.

Estou dizendo que no Metal se pode fazer o que bem entender e ter qualquer tipo de ideologia? Não, não estou dizendo isso. Não se pode, por exemplo, ser headbanger e ser cristão, pois como sabemos, o Metal defende a liberdade e a autonomia do homem, ao contrario do cristianismo, que prega a servidão e a dependência do homem a algo exterior.


O que estou querendo dizer é que no Metal, pode-se fazer o que quiser, e ter a ideologia que quiser, desde que essa ideologia não seja uma ideologia que fira o espírito metálico, que defende a liberdade, a autonomia e auto-suficiência do homem.


Resolvi escrever esse texto, porque a muito tempo venho me sentindo incomodado com a atitude de vários guerreiros, que “inspirados” em determinadas pessoas que não fazem nada pela cena, vem criando grupinhos fechados, ditando quem é headbanger e quem não é, e excluindo quem não se enquadra no “livro da lei” deles.


Porra, Heavy Metal é agrupamento! É união! A história mostra isso, voltem as nossas raízes e vejam lá! No ultimo Morte Súbita, teve a pior quantidade de banger que o evento já viu, aquele pessoal novo que estava indo, conhecendo o som, não estava lá, e aí está o perigo mais uma vez.


Não quero que a cena cresça só em quantidade, mas também não quero que a cena congele novamente como antes, e se essas besteiras que somem mas teimam a voltar à nosso meio, não desaparecer, o que vai desaparecer é o Metal e a necro-cena da Bahia, se resumindo a poucos grupos compostos de “senhores da verdade” que tomados pela idéia de grandeza e fome de superioridade, já nem conseguem mais se lembrar do que significa o Heavy Metal.


O radicalismo deve existir para manter a cena viva, e não para destruí-la. Muitos dos que se dizem radicalistas, são na verdade fascistas. Muitos dos que se dizem trues, são na verdade hooligans.



Alisson Roberto


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